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Seguindo a Estrada Real: Ouro Preto – Parte 2

Ouro Preto está cercada de serras altas. O Ponto culminante é o Pico do Itacolomy. A vista que se tem de lá é mesmo bem bonita, mas esteja avisado, amigo leitor, ou querida leitora que a caminhada é para quem tem bom ânimo.

Clique aqui para ler a primeira parte do artigo sobre Ouro Preto

Quem gosta pouco de ladeira já terá seus maus momentos dentro da cidade, porque para chegar a qualquer lugar será preciso subir ladeira e mais ladeira.

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Exemplo bom é se você estiver na parte alta, próximo da rodoviária, e como eu, se hospedar nas pousadas do alto. Ir para a Praça Tiradentes, para o Passo Municipal, na Praça Reinaldo Alves de Brito, caminhar pelo comércio e as lindas lojas de artesanato da Rua Conde de Bobadela, ir até as minas de ouro do outro lado da cidade ou conhecer a feira de artesanato da Rua Cláudio Manoel com Rua Costa Sena, pode se preparar com um tênis bem confortável e algum preparo físico.

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Vista panorâmica de Ouro Preto feita do mirante do Parque dos Contos
Vista panorâmica de Ouro Preto feita do mirante do Parque dos Contos. Ao fundo, o Pico do Itacolomy.

Encante-se por Ouro Preto

E sobre o calçado, meninas, algum tênis que não escorregue, porque o piso é paralelepípedo, pedrinha, calçamento liso de tão antigo e tombo na certa para a garota elegante que não estiver prevenida.

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Rua Conde de Bobadela em Ouro Preto
Rua Conde de Bobadela – Comércio, bares, restaurantes, chocolate, joias e pedraria.

Falar de lugares bons para um trago, tem o Sótão, que antes ficava num sobrado bem na Rua Conde de Bobadela, mas mudou para perto do Passo Municipal, numa casa não tão legal assim. Perdeu um pouco do charme e da matadora escada caracol, que deve ter causado vários acidentes a quem passou da conta na cerveja.

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É sério. Na primeira vez que fui a Ouro Preto, estava com um grupo que conheci por lá. Gente do interior de São Paulo, México, Estados unidos, Suíça, Rio de Janeiro, e eu, da capital paulista.

Passado o jantar e os fogos de ano novo, seguimos para o Sótão e encontramos uma roda de samba, com sambistas mais velhos que o próprio samba, tocando os clássicos dos clássicos com a paixão que só um homem livre é capaz de colocar numa canção. E como cantavam e tocavam aqueles homens!

Subir foi até fácil. Estávamos bem. Quase não tínhamos bebido nada. O complicado viria mais tarde.

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Casarões em Ouro Preto
Casarões de Ouro Preto. Construídos no morro e em arquitetura colonial.

Ouro Preto é uma cidade turística, mas os preços não são caros. Estão até em conta. E no Sótão não foi diferente. Chegamos pouco depois de meia noite. E quando se está numa cidade tão bonita, nada melhor que experimentar a cachaça da terra! E Ouro Preto tem suas cachaças, tem as famosas de Minas Gerais e agora tem até cervejaria própria. Gente, eu amo essa cidade!

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Chegamos ao local pedindo mesa e cachaça. E a dona:

  • Mas quantas cervejas vocês vão querer?
  • Não queremos cervejas, queremos cachaça.
  • Mas eu não cobro pela cachaça!

Mas hein??? Como é isso? O melhor da festa vem de graça?

Fizemos um combinado. Ela nos mandaria doses de cachaça para cada quatro cervejas. Aceitamos. Mas qual seria a melhor cachaça? Havia duas. A branca e uma mais amarela.

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Estrangeiros não conhecem cachaça. Logo, suíços, mexicanos e americanos não poderiam opinar. As meninas não eram exatamente especialistas no produto. Adivinha quem foi o felizardo a experimentar TODAS as cachaças da casa para dizer qual seria servida? Se você apostou suas fichas em mim, acertou!

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A branca é mais amarga e forte, está pouco curtida. Cachaça amarela geralmente significa mais anos de curtida em carvalho ou peroba e isso diminui a acidez, dando um sabor um pouco mais doce e suave. As meninas aprovaram a escolha. E desce cachaça, desce cerveja gelada, tome samba e toca beber e conversar em três línguas diferentes até alta madrugada!

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Quero ver agora, quase quatro da manhã, pra descer a escada caracol na saída do bar.

Desta vez não aconteceu nada, mas o funcionário me contou (à boca miúda) que já teve quem escorregasse no primeiro degrau e seguisse seu trajeto sentado até o chão. Tantos escorregões devem ter pesado para a dona resolver mudar o estabelecimento de lugar. Até então, nada tinha acontecido de sério, mas, sem essa de contar com a sorte pra sempre, certo?

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Ouro Preto é tentadora em comércio. Prepare o bolso
Ouro Preto é tentadora em comércio. Prepare o bolso

O dia amanhece, chuvoso ainda. Era verão, e Ouro Preto está bem no “circuito das águas”.

Com ou sem chuva, saí para ver mais da cidade. Conversando com um funcionário da prefeitura de Ouro Preto, ouvi uma frase perturbadora:

  • Se continuar a chover assim, esses morros vão descer todos.
  • Como é isso? – Perguntei, surpreso como bom turista.
  • Com tanta chuva a terra fica úmida, pesa e desce. As casas são construídas nos morros, o que aumenta o perigo.

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O funcionário da prefeitura de Ouro Preto estava atento. Uma cautela necessária. Enquanto estive lá, e em visitas posteriores, nada aconteceu. Mas em 2014 vi uma reportagem sobre um morro que desceu e levou algumas casas na parte mais nova da cidade. Moradores que construíram suas casas no morro e agora sofriam com as chuvas.

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Visitei a feira de artesanato, esquina das ruas Cláudio Manoel e Costa Sena, ao lado da igreja de São Francisco de Assis, santo corriqueiro nas igrejas de Minas Gerais. Fica á esquerda da Praça Tiradentes, dando as costas à Rua Conde de Bobadela e descendo ao lado da FIEMG, bar, hotel e restaurante de respeito. A visita é obrigatória porque também tem centro de exposições, com arte regional de artistas variados.

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Feira de artesanato de Ouro Preto
Feira de artesanato, esquina das ruas Cláudio Manoel e Costa Sena. Saiba comprar, pechinche!
Fusca Vermelho em Ouro Preto
Fuscas ainda são muito comuns em Minas Gerais. E a conservação impressiona.

Mas eu disse que também estive em Ouro Preto em tempos mais ensolarados, como na Páscoa, em que tropeiros visitam a cidade, levam estandartes de santos de devoção, fazem cavalgadas, procissões, festas de cavalaria. E claro, os preços sobem um pouquinho e a cidade enche como nunca.

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Vigilante da serragem em Ouro Preto
O atento vigilante da serragem que fará os tapetes da Páscoa.

Uma das tradições de Ouro Preto é cobrir as ruas com serragem colorida, formando tapetes lindos para a passagem das procissões.

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Outra tradição em Ouro Preto nessa época de Páscoa são as festas nas repúblicas, afinal, com a UFOP ali, os estudantes que vêm de mais longe precisam ficar em algum lugar. Sem essa de estudar e voltar pra casa. Em Ouro Preto tem gente lá do Brasil inteiro, então, o famoso sotaque mineiro some um pouco na cidade. É comum ver estudantes trabalhando nos bares e lojas, a população flutuante da cidade é grande, as repúblicas são muitas e você vê placas para todos os lados.

E na Páscoa eu vi eventos, shows, palhaços, teatro mambembe, turismo guiado e guias esperando nas esquinas para vender uma visita às minas de ferro e ouro.

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Evento próximo à casa de Aleijadinho em Ouro Preto
Evento próximo à casa de Aleijadinho. Futebol de palhaços de perna de pau.

Falar nas minas, em Ouro Preto são proibidos veículos pesados, como grandes caminhões de carga. Já encontraram na cidade mais de duzentas bocas de mina, mas o percurso delas pelo meio da terra é desconhecido, tanto que acontece vez ou outra de um buraco se abrir e revelar trechos de túneis abertos por escravos.

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Casa dos Contos em Ouro Preto
Um dos ambientes da Casa dos Contos.Decoração de época, preservada.

E por falar em escravos, visite também a Casa dos Contos. Além de cultura, quadros, móveis, arquitetura e decoração de época preservada, o visitante ainda pode visitar a senzala da casa, que antes pertenceu a uma família da alta-sociedade de Ouro Preto, e como era costume na época, casa de fazenda tem que ter escravos. Descendo até o porão, o visitante verá instrumentos de tortura, armas, ferramentas, correntes e as condições que os escravizados viviam na época. Se esta visita não te fizer repensar seus conceitos sobre escravidão, lamento muito por você.

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Parte do acervo permanente da Casa dos Contos em Ouro Preto
Parte do acervo permanente da Casa dos Contos, moedas, peças raras, medalhões, ferramentas e reconstruções de ambientes do período colonial e monárquico, auge da mineração e da riqueza de Ouro Preto.

Outro lugar que pude saber mais sobre o sofrimento dessas pessoas foi na mina Jeje, do outro lado de Ouro Preto. Lá a guia me contou sobre os martírios dos negros, que castrados e seminus, trabalhavam mais de dezesseis horas por dia. Mas essa parte não é nada comparado ao que você vai ouvir visitando o local. Precisa ter estômago.

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E finalmente, da Praça Tiradentes você verá o enorme Museu da Inconfidência, com um dos maiores acervos de arte barroca do mundo, armas, medalhões, moedas, roupas, estátuas e esculturas. Quanto? Apenas seis reais por pessoa, e metade do preço se você tiver carteirinha de estudante. Vá com calma e veja tudo isso. Depois você toma uma cachaça ao lado da Casa dos Contos.

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Estátua de Tiradentes em Ouro Preto
Aqui está um cidadão que também não concordou com essa o chicote. Morador ilustre de Ouro Preto, o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes.

Para chegar a Ouro Preto tem ônibus direto saindo das rodoviárias de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e Belo Horizonte. Não sei sobre as outras capitais. Fique atento se for fazer várias cidades na região, Ouro Preto não fica em nenhuma BR. Dependendo do seu percurso, você vai ter que parar em alguma outra cidade e trocar de ônibus. O caminho vai fácil é sair da BR – 040 e seguir pela MG – 129, passando por Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco.

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Vista de Ouro Preto pela varanda do hostel São Francisco de Paula
Vista da cidade pela varanda do hostel São Francisco de Paula. Ao fundo, a igreja de Santa Ifigênia. Atrás da igreja, está o Museu do Oratório.

Ouro Preto no inverno é frio, os dias são curtos, mas chove menos.

Um dos bairros de Ouro Preto
Do lado esquerdo da Praça Tiradentes, o visitante verá um dos bairros de Ouro Preto, já com casas mais atuais, de arquitetura contemporânea. Como a cidade é de morros, dá pra ver o vale de um lado e de outro, e as casas ocupando as encostas.

O verão é chuvoso em Minas Gerais, e não seria diferente em Ouro Preto. Quando não chove, a programação do Natal tem festas populares, ruas enfeitadas, palco na praça, shows e procissões que vão de casa em casa espalhando as bênçãos de Natal.

A Páscoa de Ouro Preto faz a cidade lotar, os preços aumentam mas a beleza compensa.

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